Vírus, spywares, worms, trojans e invasão de hackers ou crackers. Os perigos a que estamos sujeitos ao navegar pela internet, baixar arquivos e instalar programas não são poucos e, o que é pior, são constantes
Para garantir nossa segurança informacional utilizamos antivírus, anti-spywares e outros aplicativos para limpeza de registros, como Avast, AVG, Norton, McAfee, Microsoft Security Essentials, Kaspersky e Panda. Alternativas não faltam para proteger a máquina.
Entretanto, algumas dúvidas surgem com muita frequência na cabeça dos usuários: antivírus é sinônimo e garantia de segurança completa? Eles são confiáveis? Apenas com a instalação de um antivírus pode-se surfar despreocupado pela web?
Se esses ou outros questionamentos já passaram em sua mente, acompanhe alguns pontos que devem ser esclarecidos quanto à veracidade e à eficiência desse tipo de software. Confira este artigo para alertá-lo sobre as deficiências dos antivírus, uma forma de mantê-lo antenado e tornar sua navegação mais tranquila.
Está tudo liberado!
“Instalação do antivírus concluída. Pronto, agora estou seguro e posso usar e abusar da máquina, afinal de contas, tenho uma defesa impenetrável!”. Se você é um dos muitos usuários que pensa assim, seria interessante e mais saudável para sua “vida virtual” rever seus conceitos.
Ao contrário do que pode parecer, um antivírus não é nenhum deus (ele não faz milagres), não é o Chuck Norris digital (ele não é infalível) e não será o salvador da pátria em casos de displicência dos usuários (aqueles que não conseguem ver um link sem clicar nele). Portanto, a presença de um antivírus não dá liberdade total de fazer o que bem entender.
Nenhum antivírus pode ser considerado totalmente eficiente. Isso porque existem fatores que amortizam suas barreiras defensivas, mas se evitados já um importante passo para afastar os invasores virtuais:
Falta de atualização
Um deles é a falta de atualização da base de dados do antivírus, o que prejudica a identificação das ameaças mais recentes. Infelizmente, a atualização constante não garante nada. Digamos que um vírus tenha saído do forno agora e seja lançado na web, os antivírus ainda não o tem registrado como uma ameaça e é bem possível que ele passe despercebido. Isso significa que mesmo com o antivírus instalado você pode ter algum invasor oculto impregnado na máquina.
Falhas do sistema operacional
Este é um ponto delicado, pois, às vezes, não é percebido pelo usuário. Quando ocorre alguma falha no sistema operacional, seja por falta de atualização, softwares erroneamente retirados ou exclusão de registros de configuração do SO, existe a possibilidade que isso afete a operação e a atualização antivírus. Tal fato restringe a ação da defesa do computador.
Desatenção do usuário
Com certeza este é o fator mais prejudicial para a máquina, a displicência dos usuários. O descuido com emails estranhos, mensagens de desconhecidos em redes sociais, softwares de procedência duvidosa e links que surgem do nada são armas letais para o computador. Tenha cuidado com o que acessa na internet e o que instala na máquina, a fim de diminuir o risco de adquirir um malware.
Fique de olho em antivírus falsos mascarados como originais e, caso use locais públicos de acesso à web, fique por dentro de algumas dicas clicando aqui para evitar problemas com suas informações.
A necessidade do antivírus
Tendo-se em vista o que foi apresentado até aqui, com tanta desconfiança e crítica, propomos outra reflexão: a utilização de um antivírus é indispensável? Um pouco mais raro, mas não impossível, é encontrar quem não use programas do gênero.
Nem precisamos comentar que é uma maneira de “viver perigosamente”, como diriam alguns. O risco é bem alto e a conta pode ser cara, mas deixar de lado os antivírus não implica a aquisição de pragas digitais. Claro que a atenção e a cautela com navegação, downloads e instalações necessitam níveis absurdamente elevados de disciplinada.
Calma lá, sem um antivírus, como saber se existe alguma infecção? Alguns sintomas da ação dos malwares são perceptíveis, como a lentidão da máquina, reinicializações incessantes e desligamentos inesperados (veja mais indícios de vírus neste artigo).
A que conclusão chegamos? Os antivírus não são indispensáveis, porém, tal decisão exige muito empenho e cuidado por parte do usuário. Sendo assim, melhor deixar um aplicativo de defesa instalado e atualizado, muitos deles não custam nada!
Pagar garante eficiência?
Pegando o gancho, outra dúvida muito frequente e pertinente é se existe diferença de ação e proteção entre antivírus gratuitos e pagos. A princípio não deveriam existir drásticas distinções de proteção, mas, se considerada a quantidade de ameaças que surgem diariamente, não é o que acontece.
Os quesitos de disparidade discutidos entre as empresas desenvolvedoras de antivírus são vários. O suporte de rastreamento em plug-ins de browsers, barreiras contra hackers, capacidade de investimentos em melhorias são alguns. Na maioria das vezes, as organizações que cobram por seus serviços apontam essas deficiências em seus concorrentes.
A diferença primordial entre essas versões, segundo um dos gerentes da Symantec, é o tempo de atualização. Nos antivírus comprados a atualização do banco de dados é feita com maior frequência, alguns softwares mandam pacotes de dados a cada cinco minutos para seus clientes. Coisa que não acontece nos softwares gratuitos devido ao custo que essa atividade gera para a empresa.
Se você utiliza o computador apenas para tarefas comuns (navegar na internet, editar textos e imagens ou assistir a vídeos) um antivírus gratuito deve atender sua necessidade. Agora, para quem realiza transações financeiras, acessa seu home banking e armazena documentos sigilosos, por exemplo, é indicado que adquira um aplicativo pago.
Em suma, os antivírus pagos ganham em eficiência devido às atualizações constantes que disponibilizam ao usuário. Porém, voltamos a enfatizar que sem os devidos cuidados com arquivos baixados, links acessados e programas instalados, nem mesmo essas versões serão capazes de reprimir os softwares mal-intencionados.
Falso-positivo, o que é inofensivo também pode prejudicar
Não sabe o que é o chamado falso-positivo? Sucintamente, um falso-positivo acontece quando o antivírus instalado detecta arquivos do sistema operacional, ou seja, inofensivos para a máquina, e os identifica como maliciosos. Ao excluir ou colocá-lo em quarentena o funcionamento do computador fica comprometido. Saiba mais sobre este conceito nos artigos “Falso-positivo: o que fazer quando o antivírus peca por excesso?”.
Um caso que ganhou muita repercussão na mídia no mês de abril de 2010 foi a falha da atualização do banco de dados pela McAfee. Com as novas informações recebidas, o antivírus interpretou arquivos essenciais para o funcionamento do Windows XP como prejudiciais e ao neutralizá-los o SO entrou em um ciclo de reinicialização interminável. Esse exemplo demonstra que entre os softwares pagos também ocorrem graves erros.
A frequência com que esse tipo de evento acontece é imprevisível, mas pode ser considerada razoável e deve ser mais comum para quem usa clients de jogos e mensageiros instantâneos. Para não danificar o sistema operacional com os falsos-positivos você deve, antes de tomar qualquer ação com o antivírus, pesquisar informações sobre o suposto malware - atente para a confiabilidade dos sites pesquisados.
Dupla segurança
Em meio a desconfianças e observação de falha do seu antivírus, muitos usuários optam por instalar dois ou mais softwares do gênero em busca de maior proteção. A pergunta que não quer calar: será que essa iniciativa duplica a segurança e resolve todos os meus problemas com vírus?
Em um primeiro momento pode parecer uma boa ideia adquirir mais um antivírus, mas não é bem assim. Vamos aos fatos oriundos dessa escolha:
1º - Os antivírus são softwares pesados e que consomem muitos recursos da CPU. Dois antivírus acarretam um consumo exagerado da máquina, o que, provavelmente, causaria lentidão.
2º - Como vimos anteriormente, os falsos-positivos acontecem com frequência razoável. O uso de dois programas de scaneamento pode encontrar um número maior desse tipo de evento.
3º - Cada antivírus foi programado e desenvolvido para trabalhar de formas diferentes. Ao instalar mais de um aplicativo do gênero, a incompatibilidade é quase certa. E como resultado nenhum funcionará por completo.
Em quem confiar?
O fato é que nenhum antivírus é 100% confiável e a instalação de dois rastreadores não vai duplicar sua proteção. Sempre existe uma brecha para as pragas virtuais invadirem computadores alheios. A eficácia desse tipo de software depende do usuário, tanto na atualização do seu banco de dados como na cautela de navegação pela internet.
O uso de um antivírus não é obrigatório, mas com certeza é mais cômodo. Dependendo das atividades que você realiza na máquina - tarefas mais comuns -, um antivírus gratuito dá conta do recado. Para quem realiza transações financeiras e trabalha com informações sigilosas é indicado um programa pago - que ganha vantagem pela assiduidade das atualizações do banco de dados.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
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