segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mito ou verdade: dá para confiar em antivírus?

Vírus, spywares, worms, trojans e invasão de hackers ou crackers. Os perigos a que estamos sujeitos ao navegar pela internet, baixar arquivos e instalar programas não são poucos e, o que é pior, são constantes

Para garantir nossa segurança informacional utilizamos antivírus, anti-spywares e outros aplicativos para limpeza de registros, como Avast, AVG, Norton, McAfee, Microsoft Security Essentials, Kaspersky e Panda. Alternativas não faltam para proteger a máquina.

Entretanto, algumas dúvidas surgem com muita frequência na cabeça dos usuários: antivírus é sinônimo e garantia de segurança completa? Eles são confiáveis? Apenas com a instalação de um antivírus pode-se surfar despreocupado pela web?

Se esses ou outros questionamentos já passaram em sua mente, acompanhe alguns pontos que devem ser esclarecidos quanto à veracidade e à eficiência desse tipo de software. Confira este artigo para alertá-lo sobre as deficiências dos antivírus, uma forma de mantê-lo antenado e tornar sua navegação mais tranquila.

Como ter uma navegação segura?
Está tudo liberado!

“Instalação do antivírus concluída. Pronto, agora estou seguro e posso usar e abusar da máquina, afinal de contas, tenho uma defesa impenetrável!”. Se você é um dos muitos usuários que pensa assim, seria interessante e mais saudável para sua “vida virtual” rever seus conceitos.

Ao contrário do que pode parecer, um antivírus não é nenhum deus (ele não faz milagres), não é o Chuck Norris digital (ele não é infalível) e não será o salvador da pátria em casos de displicência dos usuários (aqueles que não conseguem ver um link sem clicar nele). Portanto, a presença de um antivírus não dá liberdade total de fazer o que bem entender.

A 
defesa dos antivírus não é impenetrável
Nenhum antivírus pode ser considerado totalmente eficiente. Isso porque existem fatores que amortizam suas barreiras defensivas, mas se evitados já um importante passo para afastar os invasores virtuais:

Falta de atualização

Um deles é a falta de atualização da base de dados do antivírus, o que prejudica a identificação das ameaças mais recentes. Infelizmente, a atualização constante não garante nada. Digamos que um vírus tenha saído do forno agora e seja lançado na web, os antivírus ainda não o tem registrado como uma ameaça e é bem possível que ele passe despercebido. Isso significa que mesmo com o antivírus instalado você pode ter algum invasor oculto impregnado na máquina.

Falhas do sistema operacional

Este é um ponto delicado, pois, às vezes, não é percebido pelo usuário. Quando ocorre alguma falha no sistema operacional, seja por falta de atualização, softwares erroneamente retirados ou exclusão de registros de configuração do SO, existe a possibilidade que isso afete a operação e a atualização antivírus. Tal fato restringe a ação da defesa do computador.

Desatenção do usuário

Com certeza este é o fator mais prejudicial para a máquina, a displicência dos usuários. O descuido com emails estranhos, mensagens de desconhecidos em redes sociais, softwares de procedência duvidosa e links que surgem do nada são armas letais para o computador. Tenha cuidado com o que acessa na internet e o que instala na máquina, a fim de diminuir o risco de adquirir um malware.

Mesmo com um antivírus instalado, existem ameaças
Fique de olho em antivírus falsos mascarados como originais e, caso use locais públicos de acesso à web, fique por dentro de algumas dicas clicando aqui para evitar problemas com suas informações.

A necessidade do antivírus

Tendo-se em vista o que foi apresentado até aqui, com tanta desconfiança e crítica, propomos outra reflexão: a utilização de um antivírus é indispensável? Um pouco mais raro, mas não impossível, é encontrar quem não use programas do gênero.

Nem precisamos comentar que é uma maneira de “viver perigosamente”, como diriam alguns. O risco é bem alto e a conta pode ser cara, mas deixar de lado os antivírus não implica a aquisição de pragas digitais. Claro que a atenção e a cautela com navegação, downloads e instalações necessitam níveis absurdamente elevados de disciplinada.

Calma lá, sem um antivírus, como saber se existe alguma infecção? Alguns sintomas da ação dos malwares são perceptíveis, como a lentidão da máquina, reinicializações incessantes e desligamentos inesperados (veja mais indícios de vírus neste artigo).
A 
lentidão da máquina pode ser um sintoma de vírus
A que conclusão chegamos? Os antivírus não são indispensáveis, porém, tal decisão exige muito empenho e cuidado por parte do usuário. Sendo assim, melhor deixar um aplicativo de defesa instalado e atualizado, muitos deles não custam nada!

Pagar garante eficiência?

Pegando o gancho, outra dúvida muito frequente e pertinente  é se existe diferença de ação e proteção entre antivírus gratuitos e pagos. A princípio não deveriam existir drásticas distinções de proteção, mas, se considerada a quantidade de ameaças que surgem diariamente, não é o que acontece.

Os quesitos de disparidade discutidos entre as empresas desenvolvedoras de antivírus são vários. O suporte de rastreamento em plug-ins de browsers, barreiras contra hackers, capacidade de investimentos em melhorias são alguns. Na maioria das vezes, as organizações que cobram por seus serviços apontam essas deficiências em seus concorrentes.

A diferença primordial entre essas versões, segundo um dos gerentes da Symantec, é o tempo de atualização. Nos antivírus comprados a atualização do banco de dados é feita com maior frequência, alguns softwares mandam pacotes de dados a cada cinco minutos para seus clientes. Coisa que não acontece nos softwares gratuitos devido ao custo que essa atividade gera para a empresa.
Pagar garante a segurança?
Se você utiliza o computador apenas para tarefas comuns (navegar na internet, editar textos e imagens ou assistir a vídeos) um antivírus gratuito deve atender sua necessidade. Agora, para quem realiza transações financeiras, acessa seu home banking e armazena documentos sigilosos, por exemplo, é indicado que adquira um aplicativo pago.

Em suma, os antivírus pagos ganham em eficiência devido às atualizações constantes que disponibilizam ao usuário. Porém, voltamos a enfatizar que sem os devidos cuidados com arquivos baixados, links acessados e programas instalados, nem mesmo essas versões serão capazes de reprimir os softwares mal-intencionados.

Falso-positivo, o que é inofensivo também pode prejudicar

Não sabe o que é o chamado falso-positivo? Sucintamente, um falso-positivo acontece quando o antivírus instalado detecta arquivos do sistema operacional, ou seja, inofensivos para a máquina, e os identifica como maliciosos. Ao excluir ou colocá-lo em quarentena o funcionamento do computador fica comprometido. Saiba mais sobre este conceito nos artigos “Falso-positivo: o que fazer quando o antivírus peca por excesso?”.

Nem
 sempre o antivírus indica corretamente os suspeitos
Um caso que ganhou muita repercussão na mídia no mês de abril de 2010 foi a falha da atualização do banco de dados pela McAfee. Com as novas informações recebidas, o antivírus interpretou arquivos essenciais para o funcionamento do Windows XP como prejudiciais e ao neutralizá-los o SO entrou em um ciclo de reinicialização interminável. Esse exemplo demonstra que entre os softwares pagos também ocorrem graves erros.

A frequência com que esse tipo de evento acontece é imprevisível, mas pode ser considerada razoável e deve ser mais comum para quem usa clients de jogos e mensageiros instantâneos. Para não danificar o sistema operacional com os falsos-positivos você deve, antes de tomar qualquer ação com o antivírus, pesquisar informações sobre o suposto malware - atente para a confiabilidade dos sites pesquisados.

Dupla segurança

Em meio a desconfianças e observação de falha do seu antivírus, muitos usuários optam por instalar dois ou mais softwares do gênero em busca de maior proteção. A pergunta que não quer calar: será que essa iniciativa duplica a segurança e resolve todos os meus problemas com vírus?
Dois antivírus não garantem dupla segurança
Em um primeiro momento pode parecer uma boa ideia adquirir mais um antivírus, mas não é bem assim. Vamos aos fatos oriundos dessa escolha:

1º - Os antivírus são softwares pesados e que consomem muitos recursos da CPU. Dois antivírus acarretam um consumo exagerado da máquina, o que, provavelmente, causaria lentidão.

2º - Como vimos anteriormente, os falsos-positivos acontecem com frequência razoável. O uso de dois programas de scaneamento pode encontrar um número maior desse tipo de evento.

3º - Cada antivírus foi programado e desenvolvido para trabalhar de formas diferentes. Ao instalar mais de um aplicativo do gênero, a incompatibilidade é quase certa. E como resultado nenhum funcionará por completo.

Em quem confiar?

O fato é que nenhum antivírus é 100% confiável e a instalação de dois rastreadores não vai duplicar sua proteção. Sempre existe uma brecha para as pragas virtuais invadirem computadores alheios. A eficácia desse tipo de software depende do usuário, tanto na atualização do seu banco de dados como na cautela de navegação pela internet.

O uso de um antivírus não é obrigatório, mas com certeza é mais cômodo. Dependendo das atividades que você realiza na máquina - tarefas mais comuns -, um antivírus gratuito dá conta do recado. Para quem realiza transações financeiras e trabalha com informações sigilosas é indicado um programa pago - que ganha vantagem pela assiduidade das atualizações do banco de dados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares