quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como funciona uma máquina copiadora?

No ano passado, o mundo comemorou 50 anos de fabricação da 914, a primeira máquina copiadora de papel comum. Ela foi inventada em 1959, Rochester, pela anteriormente denominada Haloid Company, agora conhecida por Xerox, de forma a revolucionar o mundo empresarial.

Agora, mais de 50 anos depois, as máquinas copiadoras ainda fazem parte do nosso dia a dia, seja no trabalho ou nos estudos. Entretanto, a tecnologia evoluiu, de forma que as máquinas ficaram menores, reproduzem cores e muito mais.

A 914, primeira  copiadora da Xerox
Imagem: Xerox
Por estar tão arraigada em nosso cotidiano, nem mesmo paramos para pensar em como essas máquinas funcionam. De que forma elas copiam os dados desde o meio de século passado? Confira aqui a evolução destes aparelhos e as diferentes tecnologias existentes atualmente.

As copiadoras clássicas


Uma copiadora utiliza um dos princípios mais básicos da física: as cargas opostas que se atraem, assim como quando você passa um lápis rapidamente pelos cabelos e depois o coloca perto de pequenos pedaços de papel recortado.

Assim como na brincadeira de criança, uma copiadora utiliza um dos princípios mais básicos  da física, em que corpos de cargas opostas se atraem. A chapa magnética que fica logo abaixo do vidro em que você coloca o original é carregada com cargas positivas ao ligar a máquina.

Ao contrário, o toner, que não é tinta, mas um pó formado por partículas de plástico, tem como característica ser dotado de carga negativa.  Uma vez ligada, a luz ultravioleta que passa pelo original atravessa a parte do papel que não contém imagens, ou seja, a parte branca.

Enquanto isso, as partes que possuem algum tipo de inscrição barram a luz. Essas partes continuam com carga positiva, diferente daquelas que a luz conseguiu atravessar. Essa parte positiva será a imagem preta vista ao final do processo.

Uma vez que cargas positivas e negativas se atraem, o toner e as partes positivas remanescentes da “chuva de luz” anterior acabam juntos na chapa logo abaixo do vidro. Porém, é preciso que a informação colada na chapa migre para a folha de papel.

Para isso, a máquina copiadora deixa a folha de papel também com cargas positivas, porém mais fortes do que aquelas da chapa. Dessa forma, o pó plástico é obrigado pelas leis da física a migrar novamente, dessa vez para o papel.

A 
copiadora por dentro. Imagem: Cortesia da Xerox Corporation.
Entretanto, uma vez pronta a imagem, é preciso fazer com que ela “cole” no papel sem necessidade de utilizar nenhuma lei da física. Para isso, a máquina copiadora possui dois rolos aquecidos por lâmpadas e coberto de teflon, para que o pó não grude no aparelho.

Ao aquecer os rolos, o pó plástico da folha é derretido e aparece, assim como uma tinta, no final do processo. Com isso você recebe sua cópia “quentinha” e idêntica ao original, porém em preto e branco.
Cópias coloridas

Já as cópias coloridas foram inseridas em 1968, através de um processo de impressão um pouco diferente. A impressão por sublimação de tinta substituiu a tecnologia eletrostática nas primeiras máquinas lançadas.

A impressão por sublimação segue uma característica diferente, uma vez que a máquina possui rolos de cores diferentes, que parecem celofane. As tintas coloridas se prendem a esses rolos e são aquecidos, de forma que a tinta se transforme em vapor e se espalhe pela superfície do papel e repita a forma anterior dada ou pelo computador ou pela luz da copiadora.

A evolução

Já as copiadoras mais recentes utilizam a tecnologia digital para dar conta do trabalho. Essa tecnologia, que cada vez mais toma conta do nosso cotidiano, consiste em integrar um scanner e a impressão a laser para resolver o problema e copiar um conteúdo.

Entre as vantagens da digitalização estão a modificação da qualidade de imagem e a habilidade de criar digitalizações sem necessariamente ser preciso imprimir um trabalho, além de rapidez, uma vez que a imagem original é escaneada apenas uma vez, para depois criar cópias.

Em copiadoras que utilizam o magnetismo, por exemplo, é necessário que a máquina, a cada cópia, escaneie o conteúdo para enviar para o papel. Isso quer dizer que é preciso criar o “negativo” da imagem para uma cópia de cada vez.

Prós e contras

Cada uma das tecnologias que copiam o original mantém pontos positivos e negativos. A copiadora eletromagnética de toner, por exemplo, possui uma grande vantagem em relação a outras ferramentas do gênero: o preço.

Enquanto as máquinas em si possuem um custo alto, a manutenção e a quantidade de cópias que podem ser feitas com apenas um toner não deixam a desejar. Porém, a exposição à luz ultravioleta preocupava alguns, devido ao uso de selênio e à emissão de gás ozônio ao aquecer as partículas de plástico.

Atualmente, uma grande variedade de fontes de luz é utilizada para a fotocópia, de forma que se busca o melhor em termos de segurança para quem utiliza as máquinas, não sendo exposto à luzes ultravioletas que podem não beneficiar o corpo e os olhos.
Será que copia com  perfeição?
Já as máquinas que se utilizam da impressão por sublimação trazem à imagem copiada muito mais qualidade e nitidez. Isso porque as partículas de tinta transformadas em gás pintam cada ponto de uma cor diferente, se isso for preciso, de forma a demonstrar nuances muito mais claramente.

Esse tipo de tecnologia é muito usado em máquinas mais específicas, como aquelas que imprimem fotos de alta qualidade. Entretanto, tanta qualidade tem seu lado ruim, uma vez que esse tipo de ferramenta pode ser usada em atividades ilegais, como impressão de dinheiro falso e cópias piratas de capas de áudio e vídeo.

Já a combinação de scanner e impressão parece ser aquela que mais agrada a muita gente, principalmente para máquinas domésticas. Não é à toa que as multifuncionais vêm ganhando cada vez mais mercado e se transformam em um item quase de série para quem possui computador.

Com a agilidade dos processos online, é muito mais fácil, por exemplo, escanear e enviar um comprovante de compra do que mandá-lo pelo correio. Ou ainda copiar um texto diretamente para o computador, sem se preocupar em guardá-lo em armários como os bons e velhos “Xerox” de antigamente.

É importante comentar também que todas essas tecnologias ainda estão ligadas. Algumas impressoras multifuncionais, por exemplo, utilizam o toner para impressão. Há também copiadoras profissionais que requerem o uso de tinta e impressão por sublimação para cópias coloridas.

Isso quer dizer que cada tecnologia evolui e aquilo que é mais vantajoso acaba sendo incorporado nas mais diversas máquinas. Tudo isso para trazer cópias e impressões de maior qualidade e, de preferência, com um preço cada vez mais acessível.

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